Mazza, uma aristocrata de meia idade, mantém um relacionamento frio e histérico, com seu marido – um rico banqueiro, a quem ela rejeita, por não se permitir sentir prazer. Porém, tudo se transforma, quando ela conhece o químico, Ernesto. A sedução se torna um desafio, os momentos de carícias são cada vez mais envolventes e, ao mesmo tempo, o horror se instala. A relação Mazza/Ernesto fica intensa e agressiva. O amor se torna destruidor e o tesão exacerbado de Mazza, apavora o químico que foge para uma fazenda de escravos no Brasil. Mazza transforma a vida em um caos. Perversão e perversidade a engolem e a devoram. Filme que caminha pelos caminhos de “Djalioh” (2011), de Ricardo Miranda: um duplo, um estranho, uma inquietante estranheza. O narrador presente extrapola o relato folhetinesco. Paixão e Virtude é um “livre escrever de imagens” do conto “Passion et Vertu ‐ conte philosophique”, de Gustave Flaubert, escrito em dezembro de 1837.